A poesia está nela, está sim
Ela, que divide o tempo
entre o filho pequeno e a casa financiada
que inventa inusitados meios pra fazer o dinheiro render
para comprar pelo menos o pão. E seu esmalte.
Ela, que todo domingo vai à igreja
rezar por um deus-comum
Se sentindo culpada pela última transa com o motoboy da farmácia.
Ela tem poesia, ainda que incipiente, branca.
Num estágio animalesco, porém bonito.
Vantajosa ela é sim. Há de ser rentável
e inspiradora para Aluísio Azevedo talvez...
Figura nitidamente os devaneios de Zola.
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