sexta-feira, 19 de agosto de 2011

La Desdichada II

Sigo totalmente indiferente nessa avenida alaranjada.
Não sinto vontade de gritar nem de correr.
Relembro amores não conquistados que guardei na gaveta. Impotente às questões sociais, incapaz de continuar respirando. Não sei nem cantar! Me mantenho em pé as custas.
Nem os cartazes publicitários me manipulam mais, sei que um batom novo não vai cessar minha depressão.

Meu único desejo nesse momento é ser errante.

Sem satisfações ou queixas. Meus desejos já se acabaram. Logo, não há muito sentido numa vida inerte.

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