Inconscientes, assim, as palavras surgem. E como que por vida própria entram na minha prosa, na minha língua. Vocábulos que eu só queria emprestados teimam em continuar comigo por todos os lados. Me sinto obrigada a registrar sequências cegas de palavras cultas.
Oras, não sou nenhuma purista!
Mas nos meus últimos parágrafos, tenho desconfiado das palavras que, tímidas, batem a minha porta querendo abrigo, com medo de cair em desuso. Acolho-as sem muita benevolência, mais por força do hábito.
Não sou essa mãe-boa de comercial de margarina. Não educo minhas palavras. Elas que aprendam com o mundo, que, inclusive, está cheio de poetas neologistas querendo adotar vocábulos por aí.
"E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias..."
Mas nos meus últimos parágrafos, tenho desconfiado das palavras que, tímidas, batem a minha porta querendo abrigo, com medo de cair em desuso. Acolho-as sem muita benevolência, mais por força do hábito.
Não sou essa mãe-boa de comercial de margarina. Não educo minhas palavras. Elas que aprendam com o mundo, que, inclusive, está cheio de poetas neologistas querendo adotar vocábulos por aí.
"E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias..."
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